A violÊncia contra a mulher É um fenÔmeno histÓrico que estÁ no bojo das relaÇÕes desiguais entre os gÊneros, as quais estÃo imbricadas com as desigualdades de classe e raÇa/etnia, estruturas fundantes da sociedade. NÃo É possÍvel analisar as relaÇÕes de gÊnero dissociadas de seu contexto histÓrico, econÔmico e social. Quando falamos relaÇÕes de gÊnero estamos falando de poder À medida que as relaÇÕes existentes entre homens e mulheres sÃo desiguais e assimÉtricas nas quais as mulheres sÃo subjugadas aos homens e ao domÍnio patriarcal que ainda mantÉm seus tentÁculos arraigados em nossa memÓria. Assim, o objetivo deste artigo É abordar a violÊncia domÉstica praticada pelo parceiro contra a mulher no Âmbito das relaÇÕes afetivas. Em termos gerais a violÊncia domÉstica consiste no abuso fÍsico, sexual, emocional, patrimonial e moral praticado por pessoas que convivem no mesmo domicÍlio, independentemente da existÊncia de parentesco, sendo, na maioria das vezes, praticadas contra as mulheres na relaÇÃo conjugal. Essa forma de violÊncia É caracterizada por sua invisibilidade, tendo em vista que ocorre no seio da famÍlia, hÁ muito tempo revestida de um carÁter sagrado, mas, que aos poucos vem sendo desmistificado. O intuito do nosso trabalho É romper com o silÊncio vivenciado por mulheres vÍtimas de violÊncia conjugal das camadas urbanas do municÍpio de CodÓ – MA dando visibilidade sobre essa temÁtica a partir de suas narrativas.