ESTE ARTIGO BUSCOU AVALIAR AS PRODUÇÕES TEXTUAIS DE CRIANÇAS EM PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO INICIAL, A FIM DE APREENDER INDÍCIOS PARA A QUALIFICAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE NO QUE SE REFERE AO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ESCRITA. FUNDAMENTOU-SE NA CONCEPÇÃO SOCIOHISTÓRICA DA LINGUAGEM (BAKHTIN, 1982), CONSIDERANDO A LINGUAGEM COMO ATIVIDADE DE INTERAÇÃO. REALIZOU-SE A ANÁLISE DE 26 TEXTOS DE CRIANÇAS PERTENCENTES A TURMA DE 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, A PARTIR DO PARADIGMA INDICIÁRIO PROPOSTO POR CARLO GINZBURG (1979), OBJETIVANDO PERCEBER SINAIS EM SUAS PRODUÇÕES TEXTUAIS QUE DESSEM PISTAS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PRÁTICA DOCENTE ALFABETIZADORA. OS INDÍCIOS FORAM CATEGORIZADOS EM DUAS DIMENSÕES DE GESTÃO TEXTUAL, NA DIMENSÃO DA LINEARIZAÇÃO, IDENTIFICANDO OS PROCESSOS DE REFERENCIAÇÃO E TEXTUALIZAÇÃO E NA DIMENSÃO TEXTUAL-DISCURSIVA, ESPECIFICAMENTE A PARTIR DA COMPOSIÇÃO DO GÊNERO TEXTUAL E DOS MODOS DE ENUNCIAÇÃO (SCHNEUWLY, 1988; SCHNEUWLY & DOLZ, 2004; GOULART, 2008). O RESULTADO MOSTROU QUE AS CRIANÇAS REALIZAM OPERAÇÕES DE GESTÃO TEXTUAL AINDA DE MODO INCIPIENTE, EMBORA CONSIGAM ORGANIZAR A TESSITURA DO TEXTO LEVANDO EM CONTA OS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS DO GÊNERO. PORÉM, GRANDE PARTE DOS SUJEITOS, O FAZ DE MANEIRA DESCRITIVA OU COMO UM RELATO, DISTANCIANDO-SE MAIS DA NARRATIVA. CONSIDERAMOS, PORTANTO, A RELEVÂNCIA DE REFLETIR SOBRE A PRÁTICA DA PRODUÇÃO TEXTUAL COM CRIANÇAS TENDO INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS QUE ATENTEM PARA AS OPERAÇÕES DE GESTÃO TEXTUAL QUE DEVEM EMERGIR NO PROCESSO DE ESCRITA COM FOCO NA QUALIFICAÇÃO TEXTUAL.