O PRESENTE ARTIGO PROPÕE-SE A EMPREENDER UMA DISCUSSÃO ACERCA DAS VICISSITUDES PELAS QUAIS A DIDÁTICA NO BRASIL VEM PASSANDO, OU SEJA, SEUS CONSTANTES AVANÇOS E RETROCESSOS, QUE TEM INFLUENCIADO PROFUNDAMENTE OS RUMOS DA EDUCAÇÃO. A DIDÁTICA INSTRUMENTAL PREDOMINANTE NO BRASIL, CARACTERIZADA PELA COMPILAÇÃO DE METODOLOGIAS VOLTADAS A UMA APLICAÇÃO HOMOGÊNEA E DESCONTEXTUALIZADA FOI CEDENDO ESPAÇO PARA UMA DIDÁTICA CONECTADA À REALIDADE SOCIAL. DE INÍCIO, ESSE MOVIMENTO, ENCABEÇADO POR CANDAU (1983) E DENOMINADO POR PIMENTA (2018) COMO “PRIMEIRA ONDA CRÍTICA”, GEROU O QUASE DESAPARECIMENTO DA DIDÁTICA COMO DISCIPLINA. EM SEGUIDA, NO ENTANTO, HOUVE UM PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO QUE A CONSIDEROU ESSENCIAL PARA A ATIVIDADE DOCENTE DENOMINADO DE “SEGUNDA ONDA CRÍTICA”. A “TERCEIRA ONDA CRÍTICA”, POR SUA VEZ, PRETENDEU INDAGAR EM QUE MEDIDA OS RESULTADOS DAS PESQUISAS SOBRE DIDÁTICA SUSCITARAM NOVAS REFLEXÕES E PRÁTICAS SUPERADORAS DE DESIGUALDADES. NESSA PERSPECTIVA, FORAM CRIADAS A DIDÁTICA CRÍTICO-INTERCULTURAL, A CRÍTICA DIALÉTICA REAFIRMADA, A DESENVOLVIMENTAL, A SENSÍVEL E A MULTIDIMENSIONAL. METODOLOGICAMENTE, O ESTUDO SE ASSENTA NA ABORDAGEM QUALITATIVA, INSPIRANDO-SE NA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA PARA ARTICULAR DISCUSSÕES SOBRE OS AVANÇOS E RETROCESSOS DA DIDÁTICA. OS REFERENCIAIS TEÓRICOS FORAM SAVIANI (2013); CANDAU (1983, 2002, 2011, 2012); PIMENTA (2018) DENTRE OUTROS. A PESQUISA TEVE COMO OBJETIVO ANALISAR A TRAJETÓRIA DA DIDÁTICA NO BRASIL. COMO RESULTADO DESTACA-SE QUE, APESAR DE AVANÇOS E RETROCESSOS, A DIDÁTICA PERMANECE VIVA E EM CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO, FRUTO DE PESQUISAS QUE APONTAM CAMINHOS E POSSIBILIDADES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES, PARA AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, PARA A CRIAÇÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS E VISANDO A SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES.