ESTE ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS QUE ENVOLVEM A SURDEZ NA MÍDIA PERNAMBUCANA É PARTE DE UMA PESQUISA SOBRE A EDUCAÇÃO DE SURDOS EM VENTUROSA REALIZADA NO PPG-PSI DA UFPE. CONSIDERA-SE A SURDEZ UM TERMO EM DISPUTA IDEOLÓGICA, DEFINIDA COMO DOENÇA/DEFICIÊNCIA PELA PERSPECTIVA CLINICO-TERAPÊUTICA E COMO DIFERENÇA LINGUÍSTICA, PELA ABORDAGEM SOCIOLINGUÍSTICA. ELE VISA COMPREENDER OS SIGNIFICADOS DA SURDEZ NO DIÁRIO DE PERNAMBUCO, UM DOS PRINCIPAIS COTIDIANOS DO ESTADO, ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2018. COM O AUXÍLIO DO SOFTWARE IRAMUTEQ, FOI POSSÍVEL PERCEBER SEIS CLASSES PRINCIPAIS DE SIGNIFICADOS, QUE FORAM DENOMINADAS A PARTIR DA INTERPRETAÇÃO DOS SEGMENTOS TEXTUAIS: ENEM, INCLUSÃO CULTURAL, ESCOLA, DEMANDA LEGAL, VIVÊNCIAS E PROBLEMAS. COMO INÍCIO DAS ANÁLISES FOI POSSÍVEL PERCEBER, PERCEBE-SE QUE AS CLASSES SE AGRUPAVAM ENTRE FALAR DO SURDO COMO SUJEITO EM SUAS EXPERIÊNCIAS E FALAR SOBRE O SURDO ATENDENDO A PRESCRIÇÃO LEGAL (MESMO SEM DE FATO FALAR SOBRE O SURDO). MESMO NO GRUPO DAS EXPERIÊNCIAS DESPONTA-SE A CONTINUIDADE DA DICOTOMIA DO DISCURSO SOBRE A DEFICIÊNCIA, VISTA AO MESMO TEMPO COMO DIFERENÇA COM DIREITO A CIDADANIA, E COMO UMA INFERIORIDADE ORGÂNICA, ‘PROBLEMÁTICA’. POR FIM, ESTE TEXTO ALINHA-SE AO PERCURSO DOS AUTORES DE APROXIMAR-SE DOS ESTUDOS SURDOS, E ASSIM AMPLIAR OS SABERES SOBRE A SURDEZ, ENQUANTO CAMPO AINDA EM CONSTRUÇÃO.