PALHETA, MaãLa Karen Da Silva. Tecnologia educacional detetives alcalinos g1. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/52633>. Acesso em: 13/11/2024 06:59
TECNOLOGIA EDUCACIONAL DETETIVES ALCALINOS G1 Maila Karen da Silva Palheta [1]/mailakaren6@gmail.com/Discente do Curso de Licenciatura em Química - Instituto Federal do Pará- Campus Belém José Carlos de Oliveira Silva/ Discente do curso de Licenciatura em Geografia - Instituto Federal do Pará - Campus Belém Marcelo Henrique Vilhena Silva [3] / Professor do Instituto Federal do Pará - Campus Belém Solange Maria Vinagre Corrêa [4]/ Professora do Instituto Federal do Pará - Campus Belém Eixo Temático: Processos de ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica metodológica e práticas docentes. Atualmente, a sociedade vive uma verdadeira transformação na forma de conduzir nossa cotidianidade, principalmente pela inserção das novas tecnologias em nosso meio social e cultural. Isso nos faz refletir em um novo pensamento sobre as novas funções pedagógicas e sociais da escola, local em que um dos principais focos apontados é o saber. Entretanto, o saber não sofre influência apenas da escola, mas sim da família, dos vínculos de amizade, e dos meios de comunicação. Na atualidade, é notório esse processo de mudança constante, pois a importância de construir em um aluno competências e habilidades, exige a inserção de novas metodologias de ensino. O professor precisa saber instruir seus alunos, para que os mesmos saibam como conduzir a aprendizagem, orientando-os onde conseguir informações e pesquisas uteis e recomendando leituras proveitosas e menos cansativas (Georgen,1998). Por isso, professor e escola caminham juntos para o êxito deste trabalho que seria a inserção de novas tecnologias educacionais dentro da sala de aula. Tecnologia Educacional é uma aplicabilidade pedagógica inovadora que pode contribuir com resultados diferenciados, bem como fortalecer o convívio social e a cooperação mútua dos alunos, pois permite o processo da interação para que todos atinjam a aprendizagem e se apropriem do conhecimento (Oliveira, 2004). A química é vista por muitos alunos como uma disciplina de difícil compreensão, gerando resistência ao aprendizado, porém, aponta-se que o conhecimento é flexível e pode ser ensinado por meio da transversalização, ou seja, incluir nos conteúdos da disciplina Química, contextos de outras disciplinas como a História, Matemática, Geografia, Artes, Biologia, entre outras, o que foge ao modo tradicional e mecânico de ensinar. O objetivo deste trabalho foi pesquisar qual é a maior dificuldade do aluno do Ensino Médio em relação a aprendizagem sobre a Tabela Periódica e aplicar uma nova ferramenta no ensino-aprendizagem para superar tal dificuldade. Dessa forma, criou-se uma tecnologia educacional tendo como base o primeiro grupo da Tabela Periódica, chamados de Metais Alcalinos e, apesar de ser restrito apenas a esse grupo específico, aponta-se a não interferência na aprendizagem, já que perpassa o âmbito do conhecimento químico e envolve o contexto da realidade do aluno. A metodologia foi aplicada em duas turmas pertencentes ao 1º e 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Luiz Nunes Direito. Como pré-requisito para a aplicação da tecnologia, as duas turmas receberam embasamento teórico um dia antes de sua realização, para que os mesmos não tivessem dificuldades durante a dinâmica. A Tecnologia Educacional Detetives Alcalinos G1 consta de: um tabuleiro contendo duas fases (distributiva e convencional) e 54 cartas divididas, na primeira fase em: propriedades periódicas, efeitos, curiosidades, e as respostas. E na segunda fase em: distribuição eletrônica e extra premiado (casos investigativos envolvendo um dos elementos químicos da família dos Metais Alcalinos). Ao iniciar a partida, as equipes sortearam o dado e movimentaram o tabuleiro com o auxílio de minis vidrarias (béquer, tubo de ensaio, balão volumétrico e erlenmeyer). Ao longo da rodada, os participantes passaram também nas partes do tabuleiro: parado por uma jogada; avance três casas; volte três casas. Quando uma das equipes sorteou o dado, parando em extra premiado, sorteou-se novamente o dado e escolheu-se outra mini vidraria, a qual foi movimentada de acordo com o resultado do sorteio do dado. Dessa forma, iniciou-se a segunda fase da tecnologia, a distributiva. A equipe teve o tempo de 10 segundos para responder a distribuição eletrônica do elemento sorteado, e logo em seguida, desvendou-se um caso investigativo envolvendo os elementos K, Li, Na, Rb, Fr, Cs, para poder voltar à fase convencional. A dinâmica terminou após a segunda rodada e a equipe vencedora foi a que obteve o maior número de cartas. A partir das experiências realizadas, notou-se que a maior dificuldade dos alunos é aprender a tabela periódica de maneira expositiva e, sendo assim, vários alunos se surpreenderam com as curiosidades descobertas por meio da tecnologia, revelando que não sabiam o quanto a química está presente em nosso dia a dia e ressaltaram que tal recurso é uma modernidade que incentiva o aprendizado. Considera-se então, que a tecnologia revelou aos alunos fatos sobre o dia a dia que os mesmos não tinham o discernimento, suscitando as equipes a dialogar com o professor, sobre as dúvidas surgidas durante o desenvolvimento da dinâmica. E ao trazermos esta realidade para educação, podemos fortalecer ao máximo o processo ensino-aprendizagem, ou seja, assuntos que antes eram mais complexos de se aprender, podem ser abordados fazendo uso destas ferramentas educacionais. Portanto, aponta-se que, atividades lúdicas que envolvem novos métodos de ensino podem ser aplicadas como inovações educacionais, pois o aluno, ao se deparar com determinada situação no seu dia a dia, vai fazer a devida interpretação com o que foi ensinado em sala de aula, tornando o aprendizado menos mecânico e mais ativo, desenvolvendo a capacidade de olhar ao seu redor de forma crítica, podendo assimilar conteúdos vistos em sala de aula ao interliga-los com o seu cotidiano. O uso de tecnologias educacionais em aulas de Química implica, necessariamente, na atuação do professor, que seria o organizador do conhecimento, optando por ações didáticas pedagógicas facilitadoras do processo de construção do conhecimento científico. Aprender o conteúdo com essas metodologias, sinaliza que o rendimento escolar pode melhorar, visto que, os alunos vão diminuindo suas dificuldades aos poucos e se interessando mais pela disciplina. Conclui-se então que, ao diagnosticar-se dificuldades no ensino e colaborar para o avanço do processo da aprendizagem do conhecimento químico, sinaliza a eficiência da estratégia utilizada nesse trabalho, ratificando a relação transformadora entre a Tecnologia e a Educação. Palavras chaves: Tecnologia educacional, Ensino da química, Ensino-aprendizagem Referências MALDANER, O.A. A formação inicial e continuada de professores de Química. Juí: Ed. Unijuí, 2003. DANTAS, A.S. Formação inicial do Professor para uso das tecnologias de comunicação e informação. Holos, ano 21, Maio/2005. LOCATELLI, Tamiris. A Utilização de Tecnologias no Ensino da Química. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 04, pp. 5-33. Agosto de 2018. GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, n.10, 1999.