MÉTODO ALTERNATIVO PARA O ENSINO DE ZOOLOGIA DE INVERTEBRADOS Thays Evelyne Magalhães Ferreira[1]/thaysevelynemagalhaes@gmail.com/Universidade Estadual Vale do Acaraú Maria Josikelly Silva de Oliveira[2]/Universidade Estadual Vale do Acaraú Ana Vérica de Araújo[3]/Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Resumo A biologia é uma ciência muito ampla e diversa, por esse motivo chega a ser vista pelos alunos como sinônimo de dificuldade, por não conseguirem êxito no seu aprendizado como em outras disciplinas vistas no Ensino Médio Regular e, por vezes, é deixada de lado pela presença de inúmeros termos complexos, diferentes, sem muita empregabilidade no cotidiano e que os confundem. Para Martins (2013), "essa falta de interesse não é característica apenas em aulas de biologia, mas é um dos maiores desafios a serem enfrentados ao longo da docência". O ensino tradicional torna a aula mais monótona fazendo com que o aprendizado fique mais distante dos alunos e que o conhecimento não surja de maneira eficaz. Para Perissé (2011, p.31) "a educação de qualidade leva os alunos a adquirirem "competências", ou seja, conhecimentos somados a habilidades", por isso hoje acredita-se em maneiras inovadoras de ensino servindo como ferramenta muito prática e até mesmo mais eficiente que gera como resultado uma maior eficácia nos processos de ensino e de aprendizagem. Apesar de ser interessante para estudos e tipos diferentes de aula, a zoologia faz parte do que já foi enunciado e muitas vezes sofre pela falta de laboratórios que sejam suficientemente equipados e/ou coleções zoológicas que facilitem a visão dos estudantes frente aqueles assuntos ou mesmo grupos de animais que estão sendo vistos ao longo das aulas. Martins (2013, p.30) afirma que: "para a consecução da aprendizagem é necessário levar em consideração a adequabilidade da metodologia empregada, bem como os conhecimentos/saberes que a fundamentam". Diante disso, o docente deve buscar maneiras alternativas para conseguir inovar as aulas e, sabemos que o lúdico quando trabalhado corretamente, proporciona um diferencial até no rendimento da turma, então o docente, deve explorar esses recursos que estão ao seu alcance e usá-los como um trunfo para diminuir essa tendência de aulas teóricas que ainda caracterizam o sistema educacional especialmente nas escolas públicas. Sabendo dessas problemáticas, o objetivo desse trabalho foi explorar a construção de modelos didáticos pelos alunos, realizados em agosto de 2017, com uma turma de 2° ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Educação Profissional Lysia Pimentel Gomes Sampaio Sales, localizada na cidade de Sobral/CE. O assunto abordado foram grupos específicos de animais invertebrados como: artrópodes, equinodermos, cefalópodes e moluscos. A proposta foi usar esse método alternativo em uma aula de 50 minutos para que os alunos construíssem e identificassem cada estrutura dos animais, provando que eles estavam acompanhando e conseguindo compreender os assuntos que estavam sendo dados pelo professor, esse trabalho foi aplicado pelos bolsistas de Iniciação à Docência do subprojeto Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Como a referida escola tinha um laboratório de Biologia, por opção dos bolsistas presentes, essa aula aconteceu lá pelas melhores condições de espaço. Contudo, essa atividade também torna-se eficiente em escolas que não possuam laboratórios, pois pode ser feito na própria sala de aula, pátio, ou um lugar amplo em que se possa organizar trabalhos em grupos. No início da atividade, os bolsistas que participaram dessa intervenção iniciaram com uma breve apresentação utilizando o projetor multimídia para a exibição de algumas fotos salientando as principais características dos grupos de animais que seriam trabalhados naquele dia. Logo em seguida, a turma foi dividida em seis equipes para realizar a confecção do(s) animal(is) que tivesse(m) escolhido e a caracterização. Para a construção dos modelos didáticos utilizamos um material com custo-benefício bastante acessível: massa de modelar, papel A4, palitos, cola branca, tesoura, caneta, lápis, pincéis de pintura e tinta guache. Durante a confecção alguns alunos aproveitaram para tirar dúvidas sobre o assunto com os bolsistas e o professor, sem mostrar muita dificuldade em representar o que foi escolhido por eles. Todos os alunos se entusiasmaram bastante com a proposta, e no final da atividade, os alunos mostraram o que foi produzido com muita convicção do que eles estavam falando, isso evidencia que esses modelos serviram para facilitar, fixar e testar os conhecimentos. Conforme diz Conde (2013, p.141) "aferir ao aluno um papel ativo no processo de aprendizagem é o que procura o ensino por descoberta, buscando assim superar as limitações do ensino tradicional". Através desse jeito didático de inserção de conteúdo junto com uma brincadeira pudemos provar que foi possível contornar a situação de não termos naquele momento amostras biológicas que nos permitissem ver o animal, mas isso não impedia de fazer com que os alunos usassem a criatividade para mostrar seus conhecimentos. E através dessa intervenção podemos perceber que biologia está muito intrínseca com a arte. Palavras-chave: modelos didáticos, aprendizado, arte, intervenção Referências CONDE,T,T; LIMA, M,M; BAY,M. Utilização de metodologias alternativas na formação dos professores de biologia no ifro - Campus Ariquemes. Revista Labirinto, Rondônia, n. 18, p. 139-147, jun. 2013. MARTINS, C, M, M, M. Saberes pedagógicos e o desenvolvimento de metodologias de ensino de biologia: o pibid como elemento de construção. Fortaleza. 231. Dissertação. Ensino de Ciências e Matemática. Universidade Federal do Ceará. 2013. PERISSÉ, G. O valor do professor. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.