CURSO DE HISTÓRIA (RE) CONSTRÓI SEUS FAZERES E SABERES A PARTIR DO PROTAGONISMO DISCENTE SANTOS, Jaqueline Ramalho Nogueira[1]São Camilo-ES/ jaquelinesantos@saocamilo-es.br DIAS, Aline Freitas[2] São Camilo-ES alinefreitas@saocamilo-es.br MAGALHÃES, Rafael[3] São Camilo-ES/rafaelmagalhaes@saocamilo-es.br BITTENCOURT, Poliana [4] São Camilo-ES/polianabittencourt@saocamilo-es.br LUBE, Diogo Pereira[5] São Camilo-ES/diogolube@saocamilo-es.br NOGUEIRA, Joselito Ramalho[6] São Camilo-ES joselitonogueira@saocamilo-es.br VIEIRA, Felipe Gonçalves[7] São Camilo-ESfelipevieira@saocamilo-es.br Eixo Temático: 1. Processos de Ensino Aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo Preocupado com a formação dos professores, o curso de História do Centro Universitário São Camilo-ES tem repensado suas práticas pedagógicas e adotado processos de ensinagem que dialoguem com metodologias ativas e com a Educação Maker. O objetivo é formar professores mediadores, fazendo com que estes não tenham apenas um cabedal de conhecimento histórico, mas uma formação didático-pedagógica aplicada a um novo ensino de História, que possa atender aos novos desafios e às novas demandas da sala de aula do século XXI, onde o aprendiz precisa tornar-se protagonista no desenvolvimento dos saberes. A inovação na reconstrução da proposta pedagógica deu-se desde o início do 2º semestre letivo de 2018, quando os professores se dispuseram a dialogar com o alunado sobre suas percepções do processo formativo e elaborou-se, a partir disso, novos planos de ensino, definindo-se junto aos discentes outras estratégias de aprendizagem e instrumentos avaliativos. Nesse cenário, foram desenvolvidos processos em que os discentes elaboraram jogos pedagógicos e variados produtos "em muitas mãos". Um dos elementos básicos de discussão da ação docente refere-se ao ensinar, ao aprender. Para Anastasiou (1998) há um processo contínuo onde ensino e aprendizagem estão fundidos e em constante processo de reflexão e reinvenção. Para refletir sobre o tema metodologias ativas e o protagonismo discente utilizou- se como referência básica Anastasiou, Berbel, Morán e Gomes. A formação pautada no uso de metodologias ativas e no protagonismo na construção do conhecimento, leva às salas de aula professores que não aceitam mais metodologias tradicionais, e preparadas ao desenvolvimento de práticas de ensinagem que consideram a participação ativa dos discentes. O uso das metodologias ativas e dos processos de ensinagem também permite aos professores avaliarem com maior eficácia o perfil do formando, bem como criar, ao longo de seu processo formativo, propostas personalizadas de intervenções, o que corroborará para a formação de professores de História melhor preparados pedagogicamente. Uma das metodologias ativas empregadas foi a rotação por estações, na qual produziu-se biografia, mural de charges, jornal, tabela informativa, e varal pedagógico. A inovação não está propriamente nos produtos, mas na metodologia aplicada, uma vez que os discentes compartilharam um mesmo espaço físico, dialogando constantemente entre si, tratando cada produto como uma obra aberta, isto é, todos os alunos envolvidos no processo podiam opiniar, interferir, alterar cada produto, o que propiciou o desenvolvimento de múltiplas habilidades e competências, além do contato com vários textos e saberes históricos, com ênfase em sua conversão em materiais ativos para a práxis docente. A metodologia aplicada viabilizou a continuidade de repensar dos processos de ensinagem, uma vez que a avaliação foi do processo e não apenas dos produtos, considerando sempre os pareceres dos discentes. No decorrer do semestre pode-se observar que nas atividades de metodologias ativas os alunos apresentam melhor rendimento, uma vez que resolvem os desafios em grupo e com a possibilidade da revisão da sua prática. Os produtos consequentes das atividades realizadas pelos discentes passam pela avaliação dos seus pares e professores do colegiado, que é constituído em sua maioria por profissionais que também atuam na Educação Básica, estando aptos a julgar a aplicabilidade de tais materiais. Além disso, os alunos que apresentam maiores dificuldades, como aqueles com defasagem em seu processo formativo inicial, conseguem interagir melhor em atividades que exploram as múltiplas inteligências, oportunizando a troca de saberes e habilidades. Outro aspecto é que nestas modalidades de atividades é comum o cumprimento de 100% dos discentes, o que gera um rendimento altamente qualitativo e quantitativo em relação aos objetivos almejados. Muitas são as contribuições do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Curso de História para o aprofundamento das questões científicas e sociais pertinentes aos cursos de Licenciatura e, principalmente quanto à formação docente, uma vez que, percebe-se a importância de se repensar a práxis pedagógica, pois são inúmeros os desafios enfrentados pelos acadêmicos e professores para que consigam se tornar um bom profissional. Desafios que vão desde domínio dos conteúdos, de novas tecnologias e a prática na sala de aula. Palavras-chave: Protagonismo, discente, metodologias ativas, ensinagem Referências ANASTASIOU. L.G.C. Metodologia do Ensino Superior: da prática docente a uma possível teoria pedagógica. Curitiba: IBPEX, 1998. BERBEL. Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas. Londrina, v.32, n.1, p. 25-40, jan./jun, 2011. GOMES. M.P.C. et al. O uso de metodologias ativas no ensino de graduação nas Ciências Sociais e da Saúde - Avaliação dos Estudantes. Ciências &Educação, v.16, n.1, p.181-198, 2010 MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. V. II. 2015