O processo revolucionário ocorrido no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, conhecido como “Ocupações Secundarista”, tem um histórico que remete a um cenário internacional de luta. Neste sentido, este texto traz algumas reflexões acerca da origem das ocupações no país, como também do processo de emancipação dos sujeitos participantes, os ocupandos. As lutas secundaristas que busca uma melhoria educacional, iniciada em São Paulo, deu origem, no Brasil, a mobilização por educação de qualidade, por estrutura física e pedagógica que suprissem a necessidade dos alunos. Mas anterior ao Brasil, o início dessas mobilizações ocorreram no Chile, no ano de 2006; trazendo ao país melhoria na qualidade educacional. Inspirado nisso, como já posto acima, o Brasil desencadeou por boa parte do território, o movimento Ocupa Escola. Diante disso, essa pesquisa se centra em uma formação acerca do ciberativismo, onde o projeto de extensão Educação e cidadania: jovens da escola pública e suas possibilidades e limites para ingressar à universidade, da Universidade estadual do Ceará, promoveu uma oficina, juntamente com uma professora do Centro de Educação da UECE, que pesquisa cibercultura, para compreender o processo de ocupação, específica de uma escola do estado do Ceará, como também dar suporte aos ocupandos para fazerem, através da redes sociais, uma mostra de como funciona a ocupação, também convidando a toda comunidade escolar, uma vez que os discursos construídos contra as ocupações estavam latentes nas mídias e nas comunidades. Para tanto, optamos por trabalhar com uma pesquisa de cunho qualitativo a fim de visualizar os sentidos e significados que os sujeitos atribuem aos fatos e a sua vida como preocupação dos investigados e enfoque indutivo. No sentido de atingir os objetivos propostos neste trabalho, adotou-se como fundamentação teórica, contribuições de estudos e pesquisas desenvolvidas por relevantes teóricos nas temáticas discutidas, Freire (1996), Lemos (2010), Moraes (2006), Bittencourt (2015), Toret (2012), Gutierrez (2013), Antoun (2001). Face ao exposto e das observações realizadas, percebemos uma luta conjunta entre docentes e discentes, por uma causa em comum: Educação de qualidade. Além disso, as tecnologias se encaixam nesse contexto como uma forma de auxiliar e fortalecer a luta dos movimentos sociais.