Seminário é um evento comunicativo que possibilita uma prática de estudos. É uma atividade que pode ser produzida de forma individual ou coletiva, na busca de uma problematização ou construção de conhecimentos sobre determinados assuntos, a resultarem em várias discussões entre os seminaristas e participantes. No presente artigo, abordamos o seminário a partir da seguinte questão de pesquisa: de que maneira esse gênero é uma prática de letramentos escolares? Para obtermos respostas, nosso objetivo geral de investigação é: refletir sobre o seminário como uma situação de uso linguístico interativo e de ensino/aprendizagem. De modo específico, os objetivos são: (1) interpretar tanto a importância do seminário na Educação Básica, quanto o uso de recursos multimodais recorrentes nessa prática de letramento; (2) propor estratégias que possibilitem, para alunos e professores, a apropriação do gênero seminário no espaço escolar. Para tanto, nosso estudo se fundamenta teoricamente em Bezerra (2003), Kleiman (2005-2010), Meira (2013), Milanez (1993) e Veiga (1991). Com base nos três primeiros autores citados, nosso trabalho faz parte do campo da Linguística Aplicada. A metodologia adotada é de natureza qualitativa, ao buscar pela análise de 31 questionários abertos, respondidos por alunos de uma escola pública, na cidade de Campina Grande-PB, acerca do uso de seminários em sala de aula. Os resultados, parciais, obtidos, apontam para a falta de compreensão dos alunos sobre gêneros orais, a ausência do seminário nas aulas de Língua Portuguesa, a desvalorização dos alunos em relação ao seminário e a experiências negativas, com esse gênero, vivenciadas em outras disciplinas.