Sabemos que a nossa sociedade é letrada, ou seja, possui um sistema de escrita, e como tal, exige de nós habilidades para leitura, escrita e práticas de linguagem entendida como alfabetização, bem como o seu uso de acordo com a exigência social, compreendida como o letramento. A concepção de letramento presente hodiernamente foi recentemente dicionarizada, introduzida pensando não só na leitura convencional, mas em uma leitura de mundo, valorizando assim os conhecimentos das pessoas analfabetas. Desta forma, faz-se necessário conhecermos o porquê da introdução dessa nova palavra em nosso dicionário bem como a sua influencia nas práticas de alfabetização. Pensamos o processo de alfabetização realizada, geralmente, através de um processo de escolarização a qual se restringe ao ato de ensinar a ler e escrever ignorando muitas vezes as práticas sociais mais amplas necessárias quanto ao exercício da leitura e escrita. Neste sentido percebemos que o domínio destas é imprescindível na convivência social, sendo determinante na vida de um individuo, pois altera o seu estado ou condição diante a sociedade. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica referente a temática em questão, a fim de melhor compreender o objeto de estudo e sistematizar opinião critica embasada em autores como Paulo Freire, Magda Soares e Leda Verdiani Tfouni, cuja metodologia compreende como de natureza qualitativa, objetivando apresentar como as definições de alfabetização e letramento interferem na reflexão acerca da prática pedagógica em sala de aula, enxergando-as como um processo indissociável e importante para formação dos indivíduos.