O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados parciais de uma pesquisa, em andamento, sobre letramento e formação do professor de LP, a qual investiga os efeitos de reversibilidade da escrita na prática profissional de uma professora de LP e no letramento de seus alunos. A partir desses resultados, neste trabalho, (re)visito e (re)significo os conceitos de reescrita, de refacção, reformulação e retextualização. Trata-se de um estudo de caso filiado à Linguística Aplicada, informado, principalmente, pela concepção de letramento como um conjunto de práticas sociais situadas de uso da leitura e da escrita (KLEIMAN, 1995; OLIVEIRA; KLEIMAN, 2008); de escrita como trabalho (FIAD; MAYRINK-SABINSON, 1991) e de texto como um processo (KOCH, 2001, 2004). Os registros analisados fazem parte do corpus do projeto de pesquisa “Os efeitos de reversibilidade da escrita de uma professora de Língua Portuguesa: um estudo de caso” desenvolvido no âmbito das atividades do grupo de pesquisa “Teorias de Linguagem e Ensino”. Esse corpus é composto por 283 documentos que flagram a escrita de uma professora de Língua Portuguesa de 1990 a 2007. Os resultados da análise apontam que é a intervenção de um mediador o que diferencia a reescrita da refacção. Já a reformulação e a retextualização ocorrem tanto na reescrita quanto na refacção. Tais resultados são importantes para que possamos rever o papel do professor como mediador no processo de ensino e aprendizagem da escrita na Educação Básica.