O presente trabalho objetiva discutir o impacto que o desenvolvimento da consciência fonológica (CN) exerce no processo de ensino-aprendizagem do inglês como L2. Isso porque tem-se comprovado que adquirir um novo sistema linguístico se torna mais simples quando se demonstra uma certa consciência do processo fonético-fonológico que ocorre, da estrutura do código que se está aprendendo e dos fenômenos que podem estar envoltos em determinados processos. Para tanto, valemo-nos de uma pesquisa de cunho qualitativo em que, através do nível de proficiência do informante – básico, avançado, intermediário, foi possível verificar em que medida estes falantes produziram um dado fenômeno variável no inglês como L2 – epêntese vocálica medial e, desta forma, verificar o seu nível de consciência, no que tange à consciência no sentido de manipular os padrões fonotáticos da L2. De acordo com os resultados obtidos, os falantes do nível básico e intermediário apresentaram uma tendência mais acentuada de aplicação do fenômeno em comparação com os informantes do nível avançado. Nesse sentido, os nossos dados puderam revelar que os falantes com um menor tempo de exposição à língua apresentavam maior dependência dos padrões da L1, nesse caso português, para produzir dados de L2, demonstrando não ter um nível de consciência fonológica desenvolvido o suficiente para lidar com a produção oral dos elementos da L2. Assim sendo, podemos concluir que o desenvolvimento dessa habilidade – CF, faz-se amplamente necessário no processo de ensino-aprendizagem de L2, com o intuito de minimizar a ocorrência de fenômenos inerentes a esse processo