O direito à saúde integral a pessoas LGBTs é uma conquista garantida e reafirmada pelo SUS desde 2013. Um de seus objetivos é promover o respeito nos serviços de saúde por entender as questões de vulnerabilidade, discriminação e exclusão como influenciadores do processo saúde/doença dessa população. Este trabalho trata-se de um relato de experiência de um Círculo de Cultura (CC) realizado com uma equipe de uma UBS da cidade de Mossoró/RN sobre as temáticas que permeiam as vivências da população LGBT e suas influências na saúde desses. O CC foi sistematizado por Paulo Freire propondo uma abordagem pedagógica de caráter democrático e libertador e podemos dividi-lo em 3 grandes momentos: Investigação do universo vocabular; Tematização e Problematização. A equipe que participou desse momento era composta por residentes multiprofissionais e agentes comunitárias de saúde. Foram realizados os momentos citados, sendo gerados dois grandes temas, os quais se pautaram as problematizações: Respeito e Humanização. Como produção física das trocas de saberes, o grupo produziu uma “Árvore do Respeito”, com ramificações que demandam respeito no serviço; e um jogral, trazendo frases do que seria humanizar o serviço relacionado ao acolhimento de pessoas LGBTs. Pelo feedback das profissionais do serviço, bem como das trocas de saberes, foi possível observar uma maior sensibilização delas em relação as vivências de LGBTs e mais especificamente, das pessoas trans e travestis, mostrando não apenas a necessidade de que momentos como esse sejam provocados nas UBSs, como a importância da metodologia freiriana nesses processos de construções de saberes críticos.