A masculinidade como processo em construção muda com o tempo; com as relações entre os corpos; os imaginários e as mentalidades, bem como com os femininos e com os próprios masculinos. Sendo assim, essa pesquisa almeja compreender os significados das masculinidades a partir das narrativas de homens transexuais residentes na região do Cariri cearense do século XXI. Este estudo parte do pressuposto segundo o qual muitos destes sujeitos se veem em luta constante pela aceitação de seus corpos e de suas formas de existência. Além disso, eles se deparam cotidianamente com estereótipos historicamente construídos tocantes a idealização do “homem nordestino”, aquele “cabra da peste”: sujeito viril, valente, heterossexual, rude, dentre outras características construídas discursivamente desde o início do século XX.