O presente trabalho tem como escopo questionar o papel da escola e de professores e professoras na discussão e prevenção de relacionamentos abusivos e violência contra a mulher dentro do espaço educacional, sob a perspectiva dos direitos humanos e dos estudos feministas e estudos queer. Para fundamentação teórica, trago o conceito de violência de gênero como questão de direito humano, sua origem histórica e estatísticas atuais, posteriormente trazendo a violência doméstica, intrafamiliar e conjugal como elementos constitutivos desta primeira. Como caminho metodológico, optamos por uma revisão bibliográfica. A seguir, como resultados da pesquisa, trazemos objetivos e competências que indicam como a temática pode ser discutida em sala de aula dentro da educação básica, tendo como aporte teórico documentos oficiais voltados para a educação, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e autores e autoras como Muller (2013), Silva (2002) e Levkoff (2008), que trabalham sobre a temática de currículo, gênero, sexualidade e direitos humanos na escola e em outros espaços educativos, à luz da pedagogia feminista queer, que visa a inclusão da temática de gênero e suas relações de poder dentro e fora da escola. Concluímos que a escola é um espaço social privilegiado para discutir a questão, o que significa que o Brasil necessita de políticas públicas específicas para a garantia da discussão de gênero na escola. Sugerimos a capacitação de professores e professoras para lidar com a temática, apresentando o currículo escolar como ferramenta fundamental nessa trajetória.