Tendo em vista o crescente número de estudos feministas a partir da contemporaneidade, bem como os estudos de gênero e suas denominações, o presente artigo é um recorte de um trabalho de conclusão de curso, intitulado: "A escrita de si, a performance e a melancolia em O Diário de Frida Kahlo". Fizemos a análise da construção de Frida Kahlo em seu Diário, além de percepção das nuances que seu gênero traz para sua vida pessoal e midiática. Esse trabalho demonstra a importância do feminismo na vida de Frida, totalmente ligada ao seu gênero, que foi decisivo para os seus feitos como mulher e profissional. Frida foi uma das únicas mulheres a se destacarem no mundo da arte em seu tempo, sendo reconhecida internacionalmente, além de ter ficado bastante conhecida também por ser quem era: forte, independente, determinada, feminista. Nosso objetivo nesta pesquisa é apresentar a dualidade que há entre a Frida Kahlo como objeto da mídia capitalista, exemplo de empoderamento feminino e a Frida Kahlo relatada no Diário, triste, melancólica, que não aceita a vida que tem e nem suas condições pessoais, as enxergando como duas personificações da mesma pessoa. Para tal pesquisa, nos embasamos em estudiosos da área de gênero, tais como Miranda e Schimanski (2013), Godelier (1980), Bourdieu (2003); e na área de Escrita de si com Kingler (2006), Laddaga (2007), Foucault (1994) e Sarlo (1985)