Ainda que a ideia da arte como expressão dos sentimentos seja a mais tradicional, nas sociedades contemporâneas novos dispositivos artísticos são construídos como plataforma de resistência às normatizações sociais e artísticas. É precisamente na arte contemporânea, e na emergência do resistir para existir, que os artistas queer encontram um espaço de produção e de voz, criando assim o artivismo. Partindo desse pressuposto, nosso trabalho se encontra como uma pesquisa de caráter bibliográfico, explicativo e descritivo, buscando analisar BlasFêmea (2007), audiovisual de curta metragem, dx artistx brasileirx Linn da Quebrada, corpo queer, cantorx de funk e uma das vozes LGBTQI+ no segmento. Sua obra, assim como seu corpo, é híbridx, políticx e performáticx, coloca em pauta as questões de gênero, a violência inflamada pelo discurso religioso, o conservadorismo sexual e social, e a normatividade do gênero. Para isso, utilizaremos como aporte teórico: Foucault (1999), Agamben (2009), Süssekind (2013) Butler (2015), Colling (2017), Bento (2017) e outros.