A palma forrageira é uma espécie muito adaptada a região semiárida do Brasil. Existem poucos trabalhos sobre trocas gasosas nessas plantas. Assim, o objetivo desse trabalho foi determinar as trocas gasosas e eficiência no uso da água da variedade de palma forrageira (O. stricta), Orelha de elefante Mexicana, cultivada em condições de telado sob irrigação na região semiárida. As plantas foram cultivadas em telado sob condições reduzidas de luminosidade (50%), e irrigadas a cada sete dias, com 1/3 da evapotranspiração total semanal. Foram determinados a taxa de fotossíntese líquida (Pn), taxa de transpiração (E), condutância estomática (C), e eficiência no uso da água (EUA), de plantas com dois anos de idade. As medições foram feitas, em todos os cladódios, as 6:00, 12:00, 18:00 e 00:00 horas, com o auxílio do aparelho Ultra-Light CI-340®, da CIDBio-Science. A Pn varia de -0,33 µmol.m-2.s-1 (12:00 h) a 8,08 µmol.m-2.s-1 (00:00 h). A E de 0,04 mmol.m-2.s-1 (6:00 h) a 0,15 mmol.m-2.s-1 (12:00 h). A C de 0,00 mmol.m-2.s-1 (ausência de luz) a 6,80 mmol.m-2.s-1 (12:00 h). A EUA de -0,01 (mmol CO2.m-2.s-1) (mmol H2O.m-2.s-1)-1 (12:00 h) a 0,07 (mmol CO2.m-2.s-1) (mmol H2O.m-2.s-1)-1 (00:00 h). As plantas realizaram a abertura estomática e as trocas gasosas, diuturnamente. A perda de H2O é mais evidente durante o dia. A assimilação de CO2 predomina a noite. A palma forrageira (O. stricta) é uma planta CAM facultativa, dependendo das condições ambientais a qual a planta está exposta, abrindo seus estômatos diuturnamente para realizar suas trocas gasosas.