Os fatores ambientais, principalmente temperatura, influenciam na germinação, podendo retardar a emergência de plântulas e interferir no estabelecimento das mesmas. A utilização de Rizobactérias Promotoras do Crescimento de Plantas (RPCP) podem ajudar no desenvolvimento de vegetais. Contudo, a maioria dos estudos com RPCP são voltados para produção agrícola, sendo escassos em plantas nativas. Além disso, poucos são os estudos envolvendo a utilização de RPCP como promotoras de germinação. Neste sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos da inoculação da rizobactéria Azospirillum lipoferum na germinação de Licania rigida Benth. (oiticica) e Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC) Mattos (ipê-roxo) que são espécies típicas de matas ripárias da caatinga. O experimento foi realizado em viveiro coberto com sombrite a 70%. A inoculação foi realizada pela imersão de 120 sementes de cada espécie em 20 ml da suspensão bacteriana, enquanto o grupo controle com outras 120 sementes foram apenas imersas em água A semeadura foi realizada em bandejas de plástico e a contagem de sementes germinadas realizada diariamente. A emergência das plântulas de oiticica ocorreu do 19° até o 29° dia após a semeadura e a inoculação de promoveu um aumento de 5% na germinação. A emergência de ipê-roxo ocorreu do 9° até o 24° dia após a semeadura e teve-se aumento de 19% na germinação das sementes inoculadas. Estes resultados sugerem que Azospirillum lipoferum promove uma maior emergência de plântulas.