A fruticultura tropical é uma das principais atividades da agricultura brasileira, contudo, muitas culturas são atacadas por insetos-praga limitantes a produção e comercialização de frutos in natura. Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) representa um dos maiores entraves fitossanitário para fruticultura devido sua importância econômica e quarentenária. Este tefritídeo se destaca pelo elevado número de hospedeiros que infesta e por ser de difícil controle, sendo o uso de inseticidas sintéticos o método mais utilizado para supressão de suas populações. O uso de parasitoides é uma prática ambientalmente segura para regulação desses dípteros, sendo o parasitoide Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) frequentemente empregado no controle biológico de tefritídeos, em vários países. Apesar de introduzido no Brasil, nunca foi utilizado em grande escala, devido à falta de informações sobre seus aspectos bioecológicos, nas condições ambientais brasileiras. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes formas de exposição de larvas de C. capitata, na capacidade de parasitismo de D. longicaudata, visando à realização de futuros estudos relacionados com a bioecologia deste parasitoide. Neste trabalho foram avaliadas quatro formas de exposição de larvas de C. capitata ao parasitismo de D. longicaudata: 1) larvas envoltas de dieta artificial com tecido voile em forma de “trouxa”; 2) voile raso preso na arena; 3) voile fundo preso na arena; 4) voile fundo solto. Cada tratamento foi repetido por cinco dias consecutivos. O tratamento onde as larvas foram expostas em tecido voile mais profundo solto foi o método mais eficiente, apresentou um índice de parasitismo de 60%.