Objetivou-se com esse estudo avaliar à tolerância da cultura da couve-folha quando produzida com águas salobras em sistema hidropônico. O delineamento experimental foi em blocos aleatorizados com seis tratamentos e cinco repetições, totalizando 30 parcelas. Os tratamentos correspondiam a seis níveis de condutividade elétrica da solução nutritiva (2,0; 3,0; 4,0; 5,0; 6,0 e 7,0 dS m-1). As águas salobras foram usadas apenas para o preparo da solução nutritiva. A reposição das perdas por evapotranspiração foi feita com água doce (CEa = 0,3 dS m-1), havendo, portanto, a previsão de salinidade constante ao longo do tempo.O sistema hidropônico utilizado foi o NFT (técnica do fluxo laminar de nutrientes) em canaletas de polipropileno. A cultura utilizada foi a couve-folha (Brassica oleracea L. var. acephala), adotando-se a cultivar ‘Top Bunch’, da SAKATA. Avaliou-se a tolerância das plantas à salinidade utilizando-se dois modelos propostos na literatura. Verificou-se que a salinidade limiar da couve-folha cultivada em sistema hidropônico do tipo NFT foi de 2,63 dS m-1, observando-se, portanto, maior tolerância da couve-folha à salinidade quando comparada aos valores existentes na literatura. A maior tolerância das plantas de couve-folha cultivadas em hidroponia se deve a sua capacidade de reduzir o potencial osmótico da folha, e assim manter uma maior absorção de água e nutrientes, o que explica uma maior produção fresca de folhas.