A fruticultura é uma atividade de expressiva importância no cenário agrícola do Brasil, evidenciando a laranja ‘Pêra Rio’ (Citrus sinensis (L.) Osbeck) como uma variedade de notório destaque para cultivo e exploração no mercado in natura e na indústria citrícola do País. De fato, a expressividade de sua exploração industrial é ratificada pelo volume de suco exportado, que chegou a 745.238 toneladas meses de julho de 2017 e fevereiro 2018. Entretanto, a citricultura tem declinado em virtude da ocorrência da doença huanglongbin, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. Neste contexto, objetivou-se avaliar os teores de macronutrientes em folhas jovens de plantas de Laranja ‘Pêra Rio’ com expressão de sintomas de huanglongbing ao longo de um ciclo de produção. O experimento foi realizado entre os meses de setembro de 2013 e junho de 2014, na cidade de Ibitinga, SP, Brasil, em um pomar comercial de laranjeiras ‘Pêra Rio’ enxertadas sobre limoeiros ‘Cravo’ (Citrus limonia (L.) Obseck), ocupando área de 14,23 ha, entre as coordenadas de 21º43’15’S de Latitude e 48º53’27.1’’W de longitude, em altitude de 491 m, com clima tipo ‘Aw’ conforme classificação de Köppen. O experimento foi instalado no delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis tratamentos, representados pela época de avaliação (A1 = 30/10/2013, A2 = 13/12/2013, A3 = 27/01/2014, A4 = 11/03/2014, A5 = 24/04/2014 e A6 = 07/06/2014) e quatro repetições. Foram avaliados os teores de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias de cada época de avalição comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os teores de N foram estáveis entre as épocas A1 e A5, em média 23 g kg-1, havendo redução para 19 g kg-1 na A6. Os teores de P mantiveram-se, em média de 1,8 g kg-1 nas épocas A1, A2 e A3, aumentando para 2,2 g kg-1 e 2,3 g kg-1 nas épocas A4 e A5, seguindo-se de redução para 1,5 g kg-1 na A6. Para os teores de K, foram registrados 14 g kg-1 e 12 g kg-1 na A1 e A2, aumentando para 16 g kg-1, 17 g kg-1 e 27 g kg-1 na A3, A4 e A5, havendo redução para 12 g kg-1 na A6. Nas épocas A1, A2 e A3, os teores de Ca foram de 10, 13 e 11 g kg-1, havendo aumento na A4 (15 g kg-1) e A5 (19 g kg-1), seguido de redução na A6 (13 g kg-1). Os teores de Mg mantiveram-se, em média de 2 g kg-1 nas épocas A1, A2, A3 e A4, aumentando para 5 g kg-1 na A5, seguindo-se de redução para 2 g kg-1 na A6. Teores mais expressivos de S foram evidenciados na A1 (2,2 g kg-1), havendo expressiva redução na A2 (0,6 g kg-1), seguida de aumento e estabilização na A3, A4, A5 e A6, onde foi registrado teor médio de 1,6 g kg-1. O huanglongbing promove variações nos teores de macronutrientes de laranja ‘Pêra Rio’ com sintomas ao longo do ciclo produtivo.