Resumo: Microrganismos como Bradyrhizobium podem proporcionar um aumento da tolerância ao déficit hídrico tendo em vista a interação positiva que ele exerce na planta, em relação ao fornecimento de compostos nitrogenados. Com isso, o presente estudo objetivou avaliar a influência do uso do isolado bacteriano ESA 17 na resposta de enzimas antioxidantes e em níveis de prolina de feijoeiro submetido à deficiência hídrica. Plantas de feijoeiro do genótipo Marataoã foram cultivadas em vasos de polietileno, preenchidos com material de solo de textura franco-arenosa. Dois mililitros do caldo bacteriano contendo o isolado ESA 17 foram inoculados em cada semente a fim de tornar mais eficaz o estabelecimento das cepas na presença de um solo com alta concentração deste isolado. A pesquisa foi elaborada em esquema fatorial 2 X 2, correspondendo a duas lâminas de irrigação: W100 (sem estresse) e W50 (com estresse), com 100% e 50% da reposição hídrica da evapotranspiração; e duas aplicações do inoculante: RY- (sem rizóbio) e RY+ (com rizóbio), correspondendo a 4 tratamentos, distribuídos no delineamento de blocos casualisados, com quatro repetições, totalizando 16 unidades experimentais. Após 40 dias da aplicação dos tratamentos, folhas de plantas de feijoeiro foram coletadas e analisadas quanto à atividade das enzimas superóxido dismutase, ascorbato peroxidase, catalase, além da concentração de prolina livre. O déficit hídrico promove o aumento na atividade de superóxido dismutase e nos níveis de prolina em plantas de feijoeiro Marataoã. Já o inoculante bacteriano ESA 17 influencia de maneira positiva o aumento da atividade das enzimas ascorbato peroxidase e superóxido dismutase, além de aumentar os níveis de prolina no genótipo Marataoã, em condições de déficit hídrico.