O estresse hídrico é um dos fatores mais limitantes de crescimento e produção das diversas culturas, devido a distúrbios metabólicos associados aos mecanismos de aclimatação das plantas sob condições adversas. O objetivo do presente estudo foi caracterizar danos fotossintéticos associados a restrição de crescimento de duas variedades de arroz submetidas ao estresse hídrico. Sementes de arroz das variedades São Francisco e BRS Sertaneja foram germinadas em vermiculita de textura média em vasos de 4 L com a umidade do substrato mantida próxima da saturação por irrigações diárias com água destilada. Após a germinação, as plantas foram irrigadas com solução nutritiva por 30 dias. Em seguida uma parte das plantas foi mantida sob irrigação diária (controle) e a outra submetida ao déficit hídrico pela a aplicação de apenas 30% do volume de solução aplicado nas plantas controle durante 18 dias. Após 18 dias foram realizadas as medidas de fluorescência da clorofila e curva de assimilação de CO2 em resposta a luz, dano de membrana, conteúdo relativo de água na folha, pesagem da massa seca e conteúdo de clorofila na folha. A variedade São Francisco se mostrou mais resistente a seca do que a variedade Sertaneja, conforme dados de dano de membrana e conteúdo de água na folha, além de mostrar uma maior eficiência no processo de aclimatação como mostrado pelos dados de crescimento e dados fotoquímicos. Conclui-se que a variedade São Francisco é menos adaptada e porem, possui uma maior eficiência do uso dos recursos mesmo sob condições de escassez hídrica.