O presente artigo tem por objetivo discutir acerca da violência institucional, considerando os fatores sócio-históricos, econômicos e culturais, como elementos que corroboram para efetivação de tal violência no âmbito escolar, mais precisamente no contexto da escola pública. O trabalho parte de um resgate bibliográfico, que elenca as várias formas em que a violência se expressa nas instituições de ensino. Também reflete como se dá o processo de construção das práticas profissionais que violentam os direitos humanos, a cidadania e inclusão social. A estrutura e organização da escola, muitas vezes, pauta-se em critérios e padrões que não respeitam a subjetividade individual de cada aluno, com toda a sua complexidade emocional, bem como, também não considera a realidade social destes alunos que estão inseridos nesta escola. A relação professor-aluno pode ser perpassada de uma autoridade que essencialmente pode estar motivada por preconceitos e juízos de valores estigmatizados. As crianças e adolescentes mais empobrecidos, ingressados no ensino público, são alvos, mais comumente, da violência social, que se reproduz no interior escolar e se configura por meio de práticas constrangedoras, punitivas e ameaçadoras. O artigo irá trazer discussões para refletir até que ponto isso desestimula os estudantes e torna a escola um ambiente repressivo e assustador, perdendo seu caráter acolhedor, motivador, atrativo, criativo e que promove o desenvolvimento de crianças e adolescentes, contrariando o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.