Com o aumento de doenças decorrentes dos mosquitos transmissores de patologias tropicais fica evidente a importância da conscientização nas instituições de ensino, com ações no combate, proteção e alerta, utilizando-se de repelentes naturais como uma opção saudável e ecologicamente correta. O objetivo deste trabalho é produzir junto aos alunos repelentes naturais como recurso de ensino, desenvolvendo o cooperativismo no âmbito escolar e promovendo a aprendizagem com desenvolvimentos e habilidades importantes para o cotidiano. As aulas teóricas fazem abrangência sobre plantas que agem como repelentes no combate a insetos vetores, e incluiu pesquisas bibliográficas junto aos alunos das turmas de primeiro ano da EEM Prof. Luis Felipe, onde as principais alternativas encontradas foram hortelã, alecrim, cravo da Índia e citronela, com opções de preparo de produtos como velas e loções, reforçando sempre a postura investigativa e o trabalho em equipe. Após a aula teórica e momentos de conscientização com a comunidade escolar, onde foram envolvidos alunos professores e pais de alunos, com entrega de folders informativos produzidos pelos alunos no horário do recreio, além de uma palestra sobre a Dengue, os alunos foram levados ao laboratório, onde foram instruídos sobre a morfologia do mosquito aedes aegypti utilizando modelos esquemáticos do mesmo e o microscópio para reconhecimento das estruturas do organismo seguido de um momento de “caça ao mosquito” realizado pelos alunos monitores na escola e entorno, evidenciando que é bem mais fácil prevenir a proliferação do mosquito que ter que eliminá-lo depois. Depois destas etapas um grupo de 10 alunos monitores foi selecionado, de acordo com o interesse e notas nas disciplinas de Química e Biologia para preparar o repelente caseiro, que foi preparada a partir de álcool de cereais e cravo da Índia, juntamente com uma loção hidratante, para facilitar a homogeneização dos ingredientes. O repelente produzido foi acondicionado em recipientes de spray e a conclusão do projeto se deu com a distribuição destes para a comunidade do entorno da escola, em um momento de muita aprendizagem e interação, onde podemos perceber que os alunos se sentiram com a sensação de dever cumprido, além de saírem mais conscientizados quanto ao risco da proliferação dos mosquitos e disseminação de doenças, proporcionando ainda a oportunidade de trabalharmos interdisciplinarmente com a Química e Biologia, eliminando erros conceituais, concepções alternativas e implementando a partir da prática cognitivista o conhecimento científico aplicado diretamente sobre o empirismo, conhecimento popular, que faz do nosso projeto algo a se replicar.