Este artigo teve como objetivo analisar o uso de jogos na alfabetização por professor em processo formação continuada do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa nos anos 2013 e 2015. Especificamente pretendeu identificar os objetivos, estratégias e mediação durante as aulas que o professor utilizou tal recurso. Realizamos um estudo de cunho qualitativo, que contou com uma entrevista e cinco observações de aula em 2013 e em 2015, totalizando 10 aulas observadas de uma professora cursista da formação mencionada. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977). Partimos do pressuposto de que o Sistema de Escrita Alfabético (SEA) é um sistema notacional e, assim como alguns autores (MORAIS, 2012; BRANDÃO, FERREIRA, e ALBUQUERQUE, 2009), consideramos que o trabalho com jogos de alfabetização contribui para que os estudantes pensem sobre as propriedades deste sistema a partir de atividades lúdicas. Tanto em 2013 quanto em 2015 percebemos situações que favoreceram o processo de alfabetização, o recurso demonstrou fazer parte de um planejamento sistemático e esteve relacionado a outras atividades que tinham finalidade semelhante. Como principais resultados percebemos, no momento em que os jogos foram utilizados, objetivos didáticos voltados para análise fonológica e reflexão dos princípios do Sistema de Escrita Alfabética; o uso de estratégias didáticas (escolha do jogo, a escolha dos agrupamentos dos alunos, a explicação das regras, a confirmação da compreensão das regras e a mediação) contribuíram para a aprendizagem dos alunos; as mediações foram feitas principalmente por meio de questionamentos e da resolução de conflitos em relação ao SEA.