O presente artigo analisa a obra fílmica “Rio da lua”, dirigido por Label, criação baseada no que o roteirista conhece da cultura indiana nos anos de 1938; no qual o cineasta aborda os costumes culturais do país como: o preconceito e a desvalorização do gênero feminino em um contexto de resistência passiva pela valorização das mulheres viúvas da sociedade indiana como também pelos os direitos civis das mulheres para que as mesmas sejam reconhecidas como individuo.
Uma vez que o filme retrata o cotidiano das mulheres viúvas numa sociedade predominantemente arraigada as tradições religiosas que embasados nos seus costumes considerados sagrados como o sati que se trata do ritual de sacrifício das viúvas o também aponta que a sociedade usava de atos desumano, humilhantes e preconceituosos para com as mulheres viúvas mesmo as mais novas como as crianças ao segregá-las como mortas vivas em uma espécies de cemitério.
Sendo assim o filme denuncia a segregação das mulheres viúvas da sociedade indiana daquela época, sociedade essa excludente que enaltecia a supremacia das suas tradições e do gênero masculino. Uma vez que o filme também reconstrói o contexto e cotidiano nos anos de 1938 que nos possibilita reviver momentos, vero-semelhante da cultura indiana como também as condições de vida na qual as viúvas se encontravam naquele contexto social, como as predestinação das mulheres que ficassem viúvas e sua subordinação as leis do livro sagrado de Manu e aos da cultura daquela sociedade.
O filme é indicado para professores quando forem lecionar sobre o multiculturalismo bem como para palestrantes e ministrantes de curso e formação continuada para educadores, pois a obra representa muito bem as condições em que viviam as viúvas naquela época e que até os dias atuais ainda perduram na Índia.