O presente trabalho teve como intuito servir de base para evidenciar quais as principais concepções prévias no estudante surdo, para que o docente pudesse identificar possíveis dificuldades de aprendizagem no ensino de ciências, principalmente no âmbito da microbiologia, que é tão importante para o entendimento de questões científicas.Foram selecionadas 10 figuras que representassem microrganismos já estudados (fungo, vírus e bactéria) e realizado um teste individual com um estudante surdo, bilíngue, de 15 anos, que cursa o 7º ano do ensino fundamental, na Escola Estadual Newton Baga, localizada na cidade de Natal. As figuras foram mostradas uma a uma através de slides e feito questionamentos ao estudante se saberia ou não correlacionar com algo já estudado. A maioria das figuras foram recordadas pelo estudante, como já tivesse visto no livro didático ou estudado na sala de aula, algumas doenças como cárie, não soube correlacionar a causa ao microrganismo mas sabia sobre a relevância da higiene para evitar tal doença nos dentes, o que ocorreu também na fruta em estado de putrefação. Mesmo assim, conseguiu relacionar a gripe a uma doença viral, sabendo seus sintomas, provavelmente devido a sua vivência . Em geral, percebeu-se nesta analise previa que não é interessante o uso de figuras repetitivas e nem de várias figuras por slide para não confundir o aluno e poder saber através de questionamentos o que ele entende do assunto. Pode se verificar também que o livro didático é de suma importância para aprendizagem do estudante surdo, mas que deve ser um auxiliar para não gerar possíveis erros conceituais, sendo importante sempre o auxílio do professor de ciências e do intérprete no processo de ensino. A falta de nomenclatura em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) nesta área também dificulta este tipo de abordagem na escola pelos intérpretes, sendo importantes mais pesquisas na área e necessidade de criar/disseminar estes sinais.