A teoria do perfil conceitual foi proposta por Mortimer com base no perfil epistemológico de Bachelard, para modelar a heterogeneidade de pensamentos em salas de aula de ciências. Trata-se de um sistema super-individual de formas de pensamento que geram diversas formas de falar empregados na enunciação de um conceito. O perfil conceitual surgiu como uma maneira de modelar essa heterogeneidade do pensamento verbal em salas de aula de ciências, ao considerar a diversidade da linguística e do pensamento nas salas de aula de ciências, devendo esses representarem modelos de diferentes maneiras de interpretar o mundo, utilizadas pelos indivíduos para significar a sua realidade. Nos últimos anos a teoria do perfil conceitual se afasta das bases teóricas do Bachelard e começa a dialogar com as ideias Vygotskyanas. Nesse sentido, este trabalho desenvolveu uma pesquisa bibliográfica dos últimos 10 anos (2006 a 2016) em 4 revistas qualis A e nos 2 maiores eventos científicos da área de ensino de ciências no Brasil sobre a teoria do perfil conceitual. Como resultados identificou-se a produção de 13 artigos nos eventos científicos e 5 artigos nas revistas selecionadas, evidenciando grupos de pesquisas bem consolidados que produzem trabalhos sobre a teoria dos perfis conceituais em Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Bahia. Também foi evidenciado a baixa produção de artigos sobre o perfil conceitual no período delimitado pela pesquisa, que também foi evidenciado por Simões Neto e Amaral em 2013, relatando que as pesquisas caíram muito após 2007 com as definições das bases teóricas do perfil conceitual como programa de pesquisa.