Resumo: Neste estudo investigamos os critérios de avaliação do Programa Nacional do Livro Didático/PNLD (2016), documento que representa uma política pública que estabelece critérios para, dentre outros dimensões, à formação do aluno/produtor textual. Temos como objetivo específico refletir sobre o que uma política de avaliação espera que um estudante compreenda sobre produção de texto, no ciclo de alfabetização, bem como, o que visam os critérios avaliativos dessa política para a competência da produção de textos escritos. Para atingir nossos objetivos, desenvolvemos uma discussão tomando como base os estudos de Costa Val (2009), Alves (2001) e Mantovani (2009), para refletir sobre o PNLD; Geovanni (2009) e Azevedo (2004), para discutir dimensões das políticas públicas educacionais; e, a partir de Geraldi (2006) e Koch (2017) pensarmos a respeito de produção textual. Os dados foram coletados na edição 2016 do PNLD, destinado aos anos iniciais de escolarização (1º ao 3º anos), especificamente na seção destinada aos critérios de Produção de Textos Escritos. Os dados disponíveis no referido documento foram tratados a partir de uma abordagem de pesquisa qualitativa, à luz da Análise de Conteúdo de Bardin (2007). Os resultados revelaram que os critérios específicos de avaliação do eixo de produção de textos escritos, nos livros didáticos do ciclo de alfabetização, contribuem para a formação do produtor textual, principalmente, no que se refere aos usos e funções da escrita em diferentes esferas da atividade social. Os critérios analisados apontam para a necessidade de estratégias diversificadas para o trabalho com textos, de modo a favorecer ao aprendiz práticas pertinentes e adequadas tanto a apropriação da escrita quanto às práticas de escrita nos contextos sociais.