O presente artigo de caráter empírico identifica a contribuição dos saberes experienciais, para os estudantes do curso de Pedagogia, futuros professores da educação infantil, mas que assumem diversas funções no espaço escolar e não escolar e, para tanto, irão mobilizar diversos saberes próprios da docência, estudados por Tardif e Barbosa. Dentre esses, destacou-se nesse estudo os saberes experienciais que constituem aqueles vivenciados pelo futuro professor ao longo de sua trajetória acadêmica, mas, também constituídos através das interações vividas com outros sujeitos que contribuem para a sua formação e consituição de seu ponto de vista. Evidencia-se que na bibliografia há muitas recomendações de autores que tratam sobre a formação de professores, no entanto, na universidade, os saberes privilegiados, de fato, continuam sendo os saberes disciplinares, e a docência universitária ainda está centrada no ensino, não voltada para a aprendizagem dos futuros professores. Em que pesem os esforços e os discursos dos professores das universidades, esses ficam apenas na retórica, não sendo mobilizados na prática da sala de aula da academia e, por conseguinte, não serão mobilizados saberes distintos dos vistos na universidade, senão os disciplinares. Essa fôrma onde são/estão inseridos os estudantes do curso de Pedagogia, perpetua-se por décadas e décadas. As instituições educacionais, da escola à universidade, não conseguem acompanhar a velocidade das mudanças com a qual a sociedade brasileira e universal vivem. Em todas os vieses da sociedade, os avanços da tecnologia trazem benefícios enormes para todas as áreas, como a saúde, a economia. A educação vem ficando de fora dessas mudanças, pois as instituições escolares insistem em não avançar.