Com o objetivo de contextualizar o espaço escolar, também, destinado ao ensino de surdos no país, o estudo apresenta questões que evidenciam o cenário atual da educação inclusiva. O enfoque adotado é, então, de ordem teórico-conceitual, por centrar-se na (re)construção de conceitos, ideias e ideologias necessários ao aprimoramento dos fundamentos teóricos já desenvolvidos sobre a temática. Deste modo, optou-se por autores que contribuíram diretamente para o desdobramento do tema citado, quais sejam: Perlin (2004), Omote (1994; 2003), Mantoan (2006), Sá (2006; 2011), dentre outros. Objetivou-se, então, avançar na análise de aspectos relativos às práticas escolares, com ênfase nas políticas de inclusão, assim como a atual situação escolar vivida por educandos surdos. Essa discussão está intimamente relacionada a ideia de uma escola verdadeiramente inclusiva, acessível e prontamente atenta as particularidades de seus alunos. Porém, ao contrário do que está previsto em lei, o sujeito surdo está totalmente alheio a esta realidade, pois a escola não está preparada para recebê-los, tampouco os professores têm o conhecimento suficiente para mediar e/ou conduzir os saberes que lhes é de direito. Enfim, os surdos estão na escola, entretanto conquistando pouco ou nenhum progresso escolar. Diante dessa constatação, é mister um (re)pensar dos fundamentos que permeiam a escolarização desses sujeitos, levando em conta sua cultura e suas peculiaridades. Por conseguinte, é necessário a busca por práticas que mais se aproximam da sua realidade, de modo que esse aluno tenha condições de atuar assumindo seu papel enquanto cidadão pleno, tendo condições de se posicionar enquanto sujeito social.