A experiência em tela ocorre em aulas de uma escola de Ensino Médio da Educação Básica, na cidade do Recife, nordeste do Brasil. O problema a resolver é a exclusão feminina dos lugares socialmente valorados. O objetivo é usar a educação para estabelecer a equidade de gênero. A metodologia se baseia na observação e na intervenção em campo, aplicada em aula, em turma de ensino médio integral da escola básica. São objetivos específicos: analisar o papel das didáticas adotadas na formação discursiva do que é ser feminina e/ou ser masculino na aprendizagem; como essa aprendizagem de gênero se dá; entender as suas consequências para se oferecer práticas alternativas que emerjam uma nova percepção do ser sexo-gênero. Marília de Carvalho observa os efeitos de avaliações caracterizadas pelos pré-conceitos de gênero: a didática adotada reflete os objetivos para uma educação excludente. Lastramo-nos, além, na nossa afirmação de que a prática educativa formal, acompanhada das não-formais, desenvolvida diferentemente para meninos e meninas, de maneira análoga e contraditória, é responsável pelos seus desvios do crescimento integral cognitivo e, logo, elas são excluídas dos espaços sócio-profissionais valorizados. No campo, observamos as falas e as ações de docentes e discentes em relação de ensino-aprendizagem e propomos dinâmicas diversas, possibilitando os questionamentos e, como impacto, mudanças propositivas nas relações de e entre os gêneros, na forma como docentes e discentes se expressam e se apresentam na escola e além dos muros do poder saber, reconfigurando os papeis de mulheres e homens em sociedade, mais justa e acolhedora.