O presente artigo tem como propósito evidenciar a relevância da Extensão universitária como um canal de interação universidade, comunidade, exercendo assim, o compromisso da universidade com a sociedade, com ênfase nas demandas oriundas da realidade sócio-histórica. Nessa Perspectiva, o projeto de Extensão Educação Popular como mobilização da Cultura de Emancipação Humana, teve início em 2015, na cidade de Remígio/PB, surgiu através de um processo de inquietações e discussões por meio de reuniões, palestras e roda de conversa, com o intuito de ampliar o acesso a diversidade cultural na comunidade. Nessa perspectiva, construímos um grupo de discussão envolvendo professoras/es, coordenadores pedagógicos e estudantes de graduação, que a partir das demandas, realizava as atividades propostas nas reuniões. O trabalho teve como base teórica Paulo Freire, Calado, Melo Neto, Boff, Pinto, Martins, Santos, Severino e Vygotsky, entre outros autores que enfatizam uma crítica social, com perspectiva de construção de uma realidade mais acessíveis, quanto aos “bens” materiais e culturais produzidos pela humanidade, especialmente para as camadas populares, da realidade social. Este trabalho de extensão se inspira da Educação Popular e vem sendo desenvolvido a partir de uma aproximação a diferentes saberes que envolvem universitários, professoras/es e a comunidade, numa construção dialógica, crítica e participativa. Neste contexto, foram desenvolvidas propostas de trabalho, construídas coletivamente que culminaram em eventos envolvendo palestras, oficinas de brinquedos, poesias, contos, contação de histórias entre outras. Além de um processo de formação junto a um grupo de estudantes de graduação, compartilhando saberes teórico e atividades práticas na comunidade. Sendo assim, a extensão exerce o papel de ampliar saberes e experiências na vida dos acadêmicos, assim como dos participantes da comunidade. O projeto buscou valorizar os saberes de uma Educação libertadora, tendo como objetivo favorecer o acesso a cultura e contribuir na construção de pensadores críticos e dialógicos, diante da realidade sócio-histórica. Sendo assim, compreendemos a extensão universitária, fundada na Educação Popular, como uma das possibilidades de contribuir com a formação humana e com a transformação de realidades sociais.