A frequência com que a formação continuada tem sido reduzida ou tratada como sinônimo de capacitação, de treinamento, de aperfeiçoamento, de atualização, de reciclagem, entre outros termos, foi o que nos motivou para a realização desta pesquisa. Corriqueiramente percebe-se nos discursos de professores, de gestores, de coordenadores e de autores a redução da formação continuada a momentos específicos de cursos e a modelos formativos como reciclagens e capacitações, por exemplo. Diante disso, buscamos compreender quais representações sociais de formação continuada são compartilhadas por professores universitários. Para tanto, tomamos como categoria central a formação continuada. Essa categoria foi analisada a partir da teoria das representações sociais, tendo como suporte teórico e metodológico a abordagem estrutural, mais especificamente quanto aos elementos que constituem o núcleo central. Participaram da pesquisa 84 professores universitários das diferentes áreas de conhecimento (humanas, exatas e saúde) da Universidade Federal de Pernambuco, respondendo a um teste de associação livre de palavras. A organização dos dados coletados com o teste de associação livre de palavras foi feita com o auxílio da análise prototípica do software IRAMUTEQ e com a análise de conteúdo (análise temática) proposta por Bardin. Os resultados apontaram que a representação social de formação continuada compartilhada pelos colaboradores da pesquisa possuem um sentido ao mesmo tempo amplo e restrito para essa formação. Constatamos também que os elementos que constituem o núcleo central dessa representação social são majoritariamente funcionais, indicando que os professores universitários estabelecem uma relação prática com esse objeto, revelando uma preocupação dos docentes universitários em vivenciar formação continuada.