Em outubro de 2015, o movimento de ocupação das escolas estaduais de São Paulo realizado pelos estudantes promoveu a abertura de um novo ciclo de lutas estudantis com intuito de contestar as ações estatais que de tempos em tempos protocola mudanças que colaboram para a precarização do ensino educacional brasileiro. O que levou os secundaristas a ocuparem suas escolas foi um anúncio sobre a implementação do Programa de Reorganização Escolar promovido pelo governo de Geraldo Alckmin. Não houve diálogo prévio por parte do governo para com a comunidade escolar, essa falta de diálogo entre o governo e a comunidade escolar gerou nos estudantes grandes revoltas, onde os mesmos sentiram a necessidade de se organizarem a fim de contestar a ação estatal e se fazerem ser ouvidos, pois o Programa de Reorganização Escolar prejudicaria mais de 300 mil alunos, além de professores e funcionários terceirizados, assim como os concursados. Diante desse descontentamento para com o governo, os estudantes através do movimento secundarista articularam ações para frear e contestar a implementação do Programa de Reorganização Escolar, formulando ações como as ocupações dos prédios escolares, bloqueios das ruas e avenidas, manifestações nas principais avenidas do Estado de São Paulo etc. Diante destas perspectivas, de forma mais abrangente buscamos compreender o papel do movimento estudantil como mecanismo propulsor na formação intelectual, social e política desses jovens.