O ensino de língua portuguesa na escola ainda é baseado na memorização da gramática, no ato de classificação e em nomenclaturas, através de frases soltas que não representam a realidade comunicativa do sujeito. É fácil perceber, a partir disso, as razões para o desinteresse e as dificuldades que os alunos apresentam em relação ao estudo gramatical, visto que é trabalhada com eles a língua de maneira virtual, com situações de comunicação criadas e manipuladas em favor de implacáveis regras prescritas. Diante desse ensino de língua tradicional, descontextualizado e que ainda não leva em consideração a comunicação real dos alunos, sentimos a necessidade de refletir e repensar cada vez mais esse modo de fazer. Existem outras formas de trazer o ensino de gramática na escola, e uma delas é através do gênero textual, trabalhando a língua de maneira interativa e contextualizada, fugindo do método tradicional. Com a inserção dos gêneros textuais podemos realizar o trabalho com a gramática de modo que os alunos possam presenciar formas reais de comunicação, atribuindo sentido à sua escrita e leitura com o uso de textos que circulam em seu dia-a-dia. Por isso, esse artigo tem como objetivo trabalhar o gênero tirinha a fim de mostrar como o sujeito seria visto da maneira tradicional e como poderíamos analisá-lo de modo interativo e contextualizado, levando em consideração a funcionalidade desse gênero. Para isso, usamos como principais bases teóricas o texto Termos da oração de Maria Eugenia Duarte e Aula de Português: encontro e interação de Irandé Antunes. Realizamos nossa análise levando em consideração a maneira como geralmente se dá a conceituação e a classificação dos vários tipos de sujeito.