O presente artigo tem por objetivo destacar a utilização do material didático Soroban com alunos deficientes visuais em aulas de salas da educação regular básica fundamental de Matemática. Visto que em meados do século XXI ainda encontra se instalado no modelo da educação básica atual uma forma de ensinar que exclui o que é diferente, ao invés de inclui-lo e buscar novas formas de tais diferenças não atrapalharem o aprendizado. Visa ainda mostrar as vantagens de se usar tal instrumento (o Soroban) nas aulas não só para cegos e/ou com baixa visão, mais para todos os alunos da turma, pois quando se trabalha com o diferente, torna-se possível a desmistificação dos conceitos que antes estavam instalados como verdades absolutas, impossíveis de serem mudadas. Conceitos esses que podem ser matemáticos, ou até mesmo o julgamento que se faz de outra pessoa. Incentivando assim, um olhar mais atencioso para as tendências da Educação Inclusiva nas escolas brasileiras. Já que de acordo com Freitas (2004), a diferença é uma marca da diversidade, pois somos todos iguais em direito, as diferenças são os “detalhes” de cada um. Assim sendo, o artigo aqui escrito trata do “Ensino da Matemática para Alunos Cegos e/ou com baixa visão no Ensino Regular Fundamental com a utilização do material didático Soroban”, a cegueira nesse caso será vista apenas como um “detalhe diferente” dos discentes que a possuam, ainda utilizando o que foi dito por Freitas (2004). Apresentaremos formas de ensinar e incentivar tais alunos a aprender matemática, mostrando lhes que são perfeitamente capazes de aprender, estudar, ensinar, trabalhar e ajudar a sociedade ativamente.