A arte do labirinto faz parte da história da Comunidade rural Chã dos Pereiras, no município de Ingá-PB, nesta localidade o trabalho das mulheres tem se destacado neste tipo de artesanato, tanto na sustentabilidade econômica da família, como na ressignificação do fazer feminino nesta territorialidade, dando importância as práticas que elas desenvolvem e notabilizando sua arte no cenário local e regional. Neste artigo, discutimos sobre a trajetória de vida das mulheres da comunidade, através de seu trabalho com o labirinto, ressaltando que o trabalho da labirinteira, consiste não apenas num fazer artístico, mas empreende uma importante prática educativa. O objetivo geral é analisar a arte do labirinto na Comunidade de Chã dos Pereiras, enquanto uma prática educacional que faz parte da memória social local, enquanto uma práticas educativa que desenvolve um saber-fazer oriundo de um modo de educar pela cultura. Nosso estudo está situado dentro do campo da pesquisa em História sobre mulheres, articulando a discussão entre trabalho e memória. Trabalhamos na perspectiva teórica de Ferreira (2012), Sorrentino (1993), Moraes (2010), Cunha (2014), Abrante (2012). Compreendemos que o labirinto destaca o trabalho das mulheres, mas também, marca uma nova historicidade na suas vidas contribuindo para suas afirmações no campo do trabalho e na história de vida.