Os desafios encontrados pelos professores nas salas de aulas de ciências são das mais diferentes origens. Frente a isso, muitos estudos têm atrelado o desinteresse dos alunos pelas disciplinas das ciências da natureza, ao modelo de ensino que a maioria das escolas e professores utilizam, o qual ainda dispõe de poucos recursos atrativos, conteúdos apresentados distantes da realidade dos alunos e quando utilizam-se de experimentos, estes são meros modelos ilustrativos, além da falta de avaliação dos conhecimentos prévios dos alunos, o que pode promover apenas a aprendizagem mecânica. Este artigo tem a proposição de demonstrar que os mapas conceituais são uma importante estratégia no ensino de ciências, possibilitando ao professor uma ferramenta potencialmente significativa para aprendizagem significativa dos alunos, podendo ser utilizado com diferentes objetivos no processo de ensino-aprendizagem. A técnica de construção de mapas conceituais foi desenvolvida pelo pesquisador norte americano Joseph Novak, na década de 1970. Ele define mapa conceitual como uma ferramenta para organizar e representar conhecimento. O mapa conceitual está baseado na Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de David Ausubel. Para Ausubel, os materiais potencialmente significativos desempenham uma importante função na aquisição de novos significados para aquisição de conhecimentos. Para isto, os materiais potencialmente significativos devem ter a capacidade de relacionar-se de forma não arbitrária e não literal; e apresentar ideias que estejam presentes na estrutura cognitiva do aprendiz, na forma de conhecimentos prévios, de forma a tornar o assunto relevante e possibilitar a ancoragem dos novos conhecimentos. Para descrever a potencialidade dos mapas conceituais no Ensino de Ciências usaremos como metodologia um estudo conceitual.