O combate ao preconceito contra os indivíduos com deficiência ampliou-se consideravelmente somente no final do século passado (Crochík, 2011). E, apesar de alguns avanços, ainda estamos distantes de uma cultura de respeito e valorização à diversidade e essas pessoas ainda enfrentam diariamente processos de rejeição e atitudes aversivas à inclusão social. A inclusão social pode ser considerada um conjunto de atitudes que garantam a atuação e participação igualitária de todos na sociedade. Aprender a conviver com a diversidade é um dos primeiros passos para termos uma escola de qualidade. Porém, se a escola como um todo (alunos, professores e funcionários) não tiverem informação e contato, principalmente com pessoas que possuem necessidades especiais, como teremos uma escola inclusiva e de qualidade? dificilmente isso ocorrerá. No desenvolvimento do Estágio Curricular no Ensino de Biologia observamos esses problemas não apenas no que diz respeito à ausência de uma atitude inclusiva, mas de um trabalho educativo nessa direção. Essas constatações serviram de base para elaboração de um projeto didático a ser desenvolvido com os alunos do ensino médio. O trabalho, ainda em fase de desenvolvimento numa escola pública da rede estadual de ensino de Pernambuco, busca articular conhecimentos biológicos, sobre audição e visão e noções básicas de Libras e Braille ao desenvolvimento de atitudes de respeito e acolhimento às pessoas deficientes. Entre os objetivos perseguidos, destacamos: proporcionar conhecimento biológico sobre deficiência auditiva e visual; destacar a importância da inclusão, possibilitando aos alunos conhecimentos básicos de Libras e do Braille e construir reflexões que ressignifiquem o conceito de Educação Inclusiva.Como futuros professores, tivemos a oportunidade de prever os possíveis impactos e dificuldades que encontraremos ao exercer a docência em escolas que possuem alunos com deficiência. Por outro lado, a experiência vivida, além de ter contribuído para desenvolver a sensibilidade e o compromisso ético no atendimento aos alunos especiais, serviu de preparação na elaboração de metodologias que promovam e facilitem a inclusão.