O presente estudo se propôs a realizar uma análise comparativa entre duas instituições escolares de mesmo enquadramento funcional, o Colégio Pedro II e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - IF Sudeste MG, com o objetivo de verificar aspectos relativos à gestão, organização e prática da educação especial na perspectiva inclusiva. Nesse sentido, o estudo justifica-se por revelar experiências e práticas em educação inclusiva na educação profissional e tecnológica, que na ausência de um direcionamento específico, de uma política ou programa específico, para todas as instituições que ofertam essa modalidade de ensino, configuram-se de maneiras diferenciadas em cada instituição. Assim, buscou-se realizar um estudo a partir da compreensão das condições estruturais e políticas das instituições, com base na organização administrativa e pedagógica, destacando paralelos ou dissonâncias na gestão inclusiva dos dois estabelecimentos de ensino, além de pontos positivos e negativos no processo de organização e atendimento aos estudantes público-alvo da educação especial. Para tanto, optou-se por utilizar, como método, a análise comparativa, a partir da eleição de categorias de análise. Os resultados apontam disparidades estruturais no arranjo das instituições no que se refere a perspectiva inclusiva, havendo poucas similaridades nas estratégias desenvolvidas e priorizadas. Assim, constatou-se grande influência da ausência de uma política orientadora dos órgãos e setores responsáveis vinculados ao Ministério da Educação, que ofereçam subsídios aos trabalhos desenvolvidos dentro dos Institutos Federais, nos encaminhamentos dados à política de educação inclusiva. Fato que se revela no caráter particular que as políticas públicas de inclusão assumem na prática cotidiana, no interior das instituições de mesmo nível hierárquico e regimento jurídico.