A relevância social deste presente estudo destaca-se na contribuição para o debate da Educação Popular do Campo e discutir a Educação do povo, muitas vezes vistos como classes subalternas, buscamos dar visibilidade a perspectiva de povo sujeito, atuante, crítico, pensante e produtores de conhecimento. Partindo deste ponto, a criação de uma biblioteca na escola do campo da Liga dos Camponeses Pobres-LCP, busca possibilidades que elevem o nível de alfabetização e letramento dos alunos camponeses para assim fazer a utilização efetiva da língua escrita em diversos contextos sociais. Este artigo foi resultado de uma pesquisa realizada no “II Curso de Extensão em Educação do Campo: Experiências, Currículo e Práticas Pedagógicas”, ministrada no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, no ano 2016 com uma abordagem qualitativa de cunho descritivo, utilizando-se de uma entrevista e observação como instrumento de coleta de dados, nesse sentido, buscamos descrever as concepções de uma professora e alunos camponeses sobre a criação de uma biblioteca como espaço de interação e aprendizagem. O local da pesquisa foi na escola popular Elizabeth Teixeira da LCP, localizada no município de Lagoa dos Gatos, agreste de Pernambucano. Foi analisado que a biblioteca não deve ser vista apenas para depositar livros, mas sim um lugar atrativo para discussão e reuniões onde o docente deverá dar autonomia e instigar os alunos a construir informações pertinentes para sua vida, incluindo a comunidade para participar das atividades em que o acervo literário oferece.Visto que, os alunos têm interesse pelos livros literários, porém não são oferecidos uma diversidade livro.Desta forma, vimos o quanto esta pesquisa foi pertinente para que os alunos conheçam não apenas os livros didáticos, mas uma diversidade de gêneros e que isso contribua com sua formação. Esperamos que com este estudo haja uma conscientização e discussão sobre a proposta pedagógica referente a educação popular enfatizando a construção da biblioteca para melhorar a condição dos camponeses em relação à alfabetização e o letramento, levando em conta o relato das informações coletadas, propiciando apropriações de novas aprendizagens a partir de reflexões, pois observamos o quanto a leitura nesse espaço, pode contribuir na construção do conhecimento do meio escolar e social.