O objetivo do presente artigo é analisar a transição do paradigma da educação especial no modelo segregado à perspectiva da educação inclusiva no Brasil. O artigo de Glat e Fernandes (2005) foi adotado como texto base para a discussão por abarcar cronologicamente as principais mudanças ocorridas no paradigma da educação voltada para as pessoas com necessidades diferenciadas. Na contemporaneidade, a inclusão, em todo sistema educativo, se faz necessária e indispensável frente às demandas pelos direitos sociais que marcam os acontecimentos das últimas décadas, contudo, a realidade ainda é cercada de preconceitos e discriminação que conduz professores, gestores escolares e lideranças políticas à diferentes leituras desse processo de acolhimento aos deficientes. Lançamos mãos da pesquisa qualitativa por entender que esta possui um caráter social, possibilitando ao investigador o entendimento relevante acerca do estudo em questão, essa investigação tem como objeto de estudo a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Conhecer o percurso histórico da Educação Especial poderá contribuir para perceber as mudanças no modo de enxergar as deficiências e as pessoas que as possuem, sem negar-lhes o estado de sujeito de direitos. O corpo legislativo brasileiro assegura ao deficiente o direito à escolarização de qualidade em situações dignas de aprendizagem na escola regular e aponta as diretrizes para a formação de professores que atuarão nessa modalidade da educação formal, por outro lado, percebe-se uma ausência de pesquisas empíricas que constatem ações de inclusão efetivas nos sistemas educacionais. Tal fato comprova que a inclusão dos estudantes deficientes não se faz apenas por resoluções e decretos governamentais, mas com mudanças de atitudes, de concepções e de compromisso com o papel transformador da educação que ocorre no sistema escolar.