Pretende-se empreender uma análise acerca da construção da educação escolar indígena no Brasil durante o período da Ditadura Civil Militar, e quais aspectos conjunturais envolveram este processo. Busca-se compreender como que se deu a organização do serviço de proteção ao Índio(SPI) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), e como os mesmos se situavam no processo de construção sobre a educação escolar Indígena, o recorte da análise é o período de 1964 a 1979, a justificativa para o recorte se da por questões de grande pertinência, o SPI (serviço de proteção ao Índio) é substituído pela FUNAI(Fundação Nacional do Índio) em 1967, é neste sentido que se constrói o que é a educação Indígena dentro do projeto de nação que vigorava e era construído, o período também é marco de uma politica indigenista mais agressiva, principalmente depois da promulgação do Ato institucional N°5 quando os lideres indígenas passaram a ser considerados caso de segurança nacional, pesquisas apontam que a violência aos povos indígenas é uma violência sistêmica, pois são desdobramentos de politicas publicas do Estado, desta forma busca-se compreendermos a educação indígena também como um desdobramento da violência sistêmica, para isto é de extrema importância analisar as ações e respaldos legais do Estado nesta esfera, desta forma a pesquisa analisa decretos, leis e estatutos ligados a esta “tutela’’ do Estado aos povos indígenas, relacionando os órgãos tutores, aspectos legais, o projeto de nação e como a educação escolar indígena era colocada como capaz de incorporar o índio a “comunhão nacional”.