A Segurança Pública há muito tem sido vista como de suma importância para a manutenção do Estado Democrático de Direito, na medida em que sua representação através dos órgãos policiais, tem como objetivo proteger os Direitos Humanos e Fundamentais, bem como assegurar à ordem pública. Entretanto, entender como se deu a atuação dos órgãos policiais no processo histórico cultural brasileiro, refletirá diretamente sobre o motivo pelo qual essas instituições ainda mantêm uma estrutura de atuação remotamente atrelada ao período colonial, em que o desempenho de suas atividades se dava em detrimento do controle da massa explorada, sempre com o desiderato de se assegurar a manutenção do poder nas mãos dos reconhecidamente exploradores. Nesse sentido o presente estudo demonstrará o modo como ainda hoje, sob o manto da colonialidade, a atividade policial é desenvolvida por meio do mesmo pensamento de outrora, quando sua função era reprimir e segregar a sociedade contribuindo para a preservação da divisão dicotômica entre pobres e ricos. Todavia, compreender a metodologia epistêmica de como se dá todo o processo da colonialidade é a chave para que a sociedade e demais instituições a serviço dela, possam se libertar do referido sistema colonial de domínio. Para tanto, a educação se apresenta como ferramenta imprescindível nessa transformação, em que pese o conhecimento adquirido através dela ser o ponto referencial para a independência sócio cultural dos povos até hoje colonizados.