O estudo visa refletir sobre as categorias educação e trabalho na perspectiva da formação continuada dos profissionais não-docentes que atuam de modo invisibilizado nas Instituições de Ensino Superior públicas do Brasil (IES), sem terem a oportunidade de usufruírem daquilo que essas mesmas profetizam: uma educação de qualidade, emancipadora, capaz de despertar no sujeito ações que promovam a crítica necessária ao modo de reprodução exploratório do modelo capitalista, pela via do conhecimento científico. A metodologia, pesquisa qualitativa e bibliográfica, deve-se aos estudos teóricos realizados recentemente por ocasião da nossa formação continuada e pauta-se no materialismo histórico a partir de autores como Antunes (2012), Mészáros (2008), Paro (2013) e algumas Legislações pertinentes. Os resultados apontam que cabe a essa categoria de trabalhadores, os profissionais não-docentes aqui entendidos como os técnicos administrativos que atuam nas IES, enquanto sujeitos partícipes do processo educativo regulamentado por essas Instituições, envidarem esforços no sentido de que as ações de formação continuada, em todos os níveis da educação formal, sejam bandeiras de luta de modo a proporcionar a materialização de Planos de Capacitação que contemplem a aspiração acadêmica destes profissionais, para além do desenvolvimento de competências e habilidades profissionais propícias ao produtivismo e, consequentemente, a alienação do trabalho. As conclusões apontam que na condição de sujeitos pensantes, deseja-se que estes profissionais consigam superar a alienação imposta pelo Capitalismo, transformados pela ação emancipadora do trabalho produtivo, na perspectiva da ressignificação de sua atuação, de forma que efetivamente possam contribuir para que a educação, entendida em seu sentido mais amplo, seja um instrumento de transformação social para o outro e para si.