Este trabalho é resultante da dissertação de Mestrado, defendida no ano de 2014, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação/UFF, sob a orientação da Profa. Dra.Valdelúcia Alves da Costa. Redes públicas de ensino em várias partes do país têm feito seus arranjos para que jovens com deficiência possam estar incluídos na modalidade de EJA. Porém, por ser um processo em construção na educação brasileira, a inclusão de alunos com deficiência na modalidade de educação de jovens e adultos ainda perpassa por significativos desafios. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a inclusão escolar de alunos com deficiência na Educação de Jovens e Adultos/EJA, considerando a articulação entre a Sala de Aula Comum e o Atendimento Educacional Especializado/AEE, oferecido na Sala de Recursos Multifuncionais/SRMs, como suporte pedagógico à educação inclusiva. A Teoria Crítica da Sociedade, com ênfase no pensamento de Theodor W. Adorno, serviu como referencial teórico-metodológico. A pesquisa teve como lócus de estudo, a Escola Municipal José Pedro Varela, do Município do Rio de Janeiro, onde são realizadas experiências de inclusão de alunos com deficiência, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos/EJA. Teve como procedimento de coleta de dados: entrevistas semiestruturadas, questionários e diário de campo. Os resultados revelaram que redes públicas brasileiras têm caminhado no que tange à inclusão de alunos com deficiência na modalidade de EJA. Mas, constatou-se na escola, lócus da pesquisa, que existe uma dependência marcante dos professores atuantes na modalidade de EJA, com alunos com deficiência incluídos, em relação ao Atendimento Educacional Especializado. Também, os resultados revelaram que muitos docentes atuantes com alunos com deficiência na EJA não têm procurado progredir em conhecimento teórico e cultural que possam subsidiá-los no enfrentamento às diferenças e proporcioná-los uma maior autonomia em sua práxis docente voltada à inclusão.