O processo da formação humana como um conjunto de normas que norteiam a convivência e o respeito entre as nações nas diversas manifestações culturais e religiosas. Todo conhecimento está sujeito ao erro e à ilusão; ambos estão presentes na mente humana desde os primórdios da humanidade. O maior erro seria subestima-los considerando-os inexistentes, pois, estão arraigados na percepção do homem e não é fácil identifica-los, uma vez que, podem facilmente passarem como verdade.
O conhecimento é transmitido de forma criativa e inteligente, mas se permanecermos na ilusão, o erro torna-se uma ameaça ao desenvolvimento intelectual e a efetivação. A maneira como julgamos o nosso aluno que tem dificuldade de aprendizagem, como “um coitado ou incapaz de concluir pelo menos o ensino fundamental”, consequentemente o professor passa a ignorar a capacidade do aluno e não ajuda-lo. Esse comportamento influencia no caráter da pessoa, sendo conduzido ao erro e a ilusão. Os erros se dão nos seguintes itens: mente, intelecto e razão.
As cegueiras paradigmáticas enfatizando que a educação deve atentar-se aos paradigmas que estão impregnados no ser humano. A existência do paradigma faz-se perceber que não existe um pensamento padrão para todos os seres humanos, portanto, cada indivíduo age conforme a conduta inserida culturalmente nele. Ao deixar a cegueira e encontrar a nitidez consegue-se então enxergar a verdade e o erro.
A relação do imprinting cultural é o aspecto que os indivíduos adquirem no meio social como uma marca geradora de conformismo, de aceitação das coisas como elas são sem anseio por mudança. O processo formativo no campo educacional é enfatizado pelo escritor como base na formação humana com influências no meio social. Os erros da razão condiciona o sujeito a pensar e não reproduzir uma atividade de forma mecânica.
Tendo em vista que a obra de Edgar Morin (2011) Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro estabelece a relação entre as cegueiras do conhecimento aqui abordadas com os problemas encontrados no âmbito educacional e o modo como as pessoas se portam diante do cenário social, onde as principais dificuldades são: educar a nova geração através dos valores éticos, entender a compreensão da diversidade cultural, enfrentar as incertezas do conhecimento e perceber a identidade terrena, os conhecimentos adquiridos no primeiro capítulo da obra, possibilitarão entender e lidar com a realidade desse quadro educacional.
Os erros da razão condiciona o sujeito a pensar e não reproduzir uma atividade de forma mecânica. A racionalidade é composta pelo pensamento construtivo e crítico, na qual fundamenta a dedução e indução, conduzindo o ser humano a aprender como dialogar e autocriticar.
A educação é portanto, a base para que o conhecimento evolua; conhecer o conhecimento em todos os seus aspectos é imprescindível para a educação, assim é necessário introduzir e desenvolver na educação o estudo das características cerebrais, intelectuais e culturais dos conhecimentos humanos, de seus processos e modalidades, das disposições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao erro e à ilusão para que a educação possa enfim evoluir a um novo nível.